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Feira de Santana, ou Princesa do Sertão, como foi carinhosamente apelidada, se encontra em um dos principais entroncamentos rodoviários do Nordeste brasileiro. Sua posição privilegiada funciona como ponto de passagem para o tráfego do Sul e Centro-Oeste, e é passagem obrigatória para quase todas as cidades da Bahia. Estando a poucos quilômetros de Salvador, Feira é caracterizada por um amplo setor de comércio. Sendo uma cidade tipicamente comercial, grande parte de sua população sobrevive do mercado informal; além do Feiraguai, um centro composto por centenas de camelôs que vendem produtos importados do Paraguai, as ruas e passeios do centro da cidade estão sempre tomados de vendedores ambulantes.

Com uma população estimada de 627 mil habitantes, em sua maioria mulheres negras, Feira de Santana carrega as raízes do agreste nordestino que se traduzem no cotidiano da cidade. Mesmo com uma urbanização tão acelerada, ainda é comum se deparar com homens vestindo roupas características do cangaço e é natural a utilização de carroças como meio de transporte nas vias asfaltadas do município. A herança das mulheres que carregavam baldes de água para abastecer a família hoje é reproduzida na grande maioria das mulheres que vão e voltam para suas casas carregando na cabeça seu sustento do dia-a-dia ou mesmo a “feira do mês”.

 

A arte criada para esse XXX Encontro Nacional de Estudantes de Psicologia tem por intenção, principalmente quando se fala em territorialidades, transmitir com fidelidade esses detalhes da cidade que sediará o evento. Inspirada nas literaturas de cordel, forte cultura local, e no mural decorativo da rodoviária municipal, o qual traz histórias e culturas dos povos feirenses, o logo do nosso ENEP procura evidenciar elementos fortes de Feira como: a religiosidade; a mulher artesã; a cultura da capoeira; O Bando Anunciador, festa de rua tradicional; a representação dos indígenas; entre outros. Cada elemento que compõe a arte possui um significado representativo da cidade. Através de uma colagem feita à mão, tal arte leva nomes de diversos cordelistas brasileiros – José Francisco Borges; Perron Ramos; José Miguel; Costa Leite; e, claro, os feirenses Hélcio Rogério e Franklin Maxado.

 

Feira de Santana, terra natal da heroína Maria Quitéria, também foi palco de Lucas da Feira, um ex-escravo com uma poderosa história de luta. Já a Universidade Estadual de Feira de Santana, onde será realizado o ENEP, existiu durante 30 anos, aproximadamente, como a única universidade pública do município; e em relação a outras universidades brasileiras, já foi considerada como referência em ações afirmativas voltadas para alunos indígenas.

A arte do XXX ENEP

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